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domingo, 6 de novembro de 2011

Vou-me Embora pra Pasárgada


Vou-me embora pra Pasárgada

Lá sou amigo do rei

Lá tenho a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada

Aqui eu não sou feliz

Lá a existência é uma aventura

De tal modo inconseqüente

Que Joana a Louca de Espanha

Rainha e falsa demente

Vem a ser contraparente

Da nora que nunca tive

E como farei ginástica

Andarei de bicicleta

Montarei em burro brabo

Subirei no pau-de-sebo

Tomarei banhos de mar!

E quando estiver cansado

Deito na beira do rio

Mando chamar a mãe-d'água

Pra me contar as histórias

Que no tempo de eu menino

Rosa vinha me contar

Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo

É outra civilização

Tem um processo seguro

De impedir a concepção

Tem telefone automático

Tem alcalóide à vontade

Tem prostitutas bonitas

Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste

Mas triste de não ter jeito

Quando de noite me der

Vontade de me matar

— Lá sou amigo do rei —

Terei a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada.



Autor: Manuel Bandeira

Disponível em: http://www.releituras.com/mbandeira_pasargada.asp

Acessado em: 06/11/2011


O Luto no Sertão

Pelo sertão não se tem como
não se viver sempre enlutado;
lá o luto não é de vestir,
é de nascer com, luto nato.

Sobe de dentro, tinge a pele
de um fosco fulo: é quase raça;
luto levado toda a vida
e que a vida empoeira e desgasta.

E mesmo o urubu que ali exerce,
negro tão puro noutras praças,
quando no sertão usa a batina
negra-fouveiro, pardavasca.




Autor: João Cabral de Melo Neto

Disponível em: http://www.culturabrasil.org/joaocabraldemeloneto.htm

Acessado em: 06/11/2011


Biografia do Dyonelio Machado


Dyonélio era filho de Sylvio Rodrigues Machado e de Elvira Tubino Machado. O pai foi assassinado qu

ando ele era criança o que lhe marcaria para o resto da vida. Para ajudar a família vendia bilhetes de loteria.

Mesmo pobre ele não desistiu de estudar. Dyonélio dava aulas para turmas mais atrasadas para que ele e seu irmão pudessem estudar na escola. Aos doze anos, começou a trabalhar como servente no semanário, vindo dai provavelmente o gosto pelo jornalismo que acompanhou o resto da vida.


Iniciou sua obra ficcional com os contos de Um Pobre Homem em 1927. Entre suas obras estão Os Ratos em 1935, aclamado como sua obra-prima, O louco do Cati em 1942, Deuses econômicos em 1966, Endiabrados em 1980, Fada em 1982, Ele vem do fundão 1982 e O estadista. Sua obra foi apenas reconhecida tardiamente, tendo recebido destaque nos meios acadêmicos apenas a partir da década de 1990, assim mesmo de maneira muito superficial diante da qualidade de seus textos. O psicológico está bastante enraizado em sua obra, como deixam transparecer O louco do Cati e Os ratos.

Disponivel: http://fotosantigas.prati.com.br/FotosAntigas/Diversos/Novas201104/Dyon%C3%A9lio_Machado_d%C3%A9c1940.htm

Acessado em: 06/11/2011

Dyonélio Machado.


Bairros Tupi x Renascença

Podemos ver muitas diferenças entre bairros de todas as cidades, e por isso iremos falar um pouco entre dois bairros de Belo Horizonte.

No Renascença podemos ver prédios e casas, não encontramos lugar para lazer como pracinhas com quadra, porem tem uma pista de caminhada mesmo que não esteja na melhor condição. Geralmente nas ruas não tem crianças brincando.

No Tupi encontramos mais casas, tem pracinha com quadra onde crianças e adolescentes vão até lá para poder se divertir, tem uma pista de caminhada também que é muito boa. Durante o dia encontramos crianças brincando nas ruas.

Algumas características dos dois bairros, podemos ver que cada um tem qualidades diferentes.

Fotos dos bairros; Tupi e Renascença


Bairro Renascença: Podemos visualizar a presença de casas e a falta de prédios

Bairro Renascença: Podemos visualizar prédios e casas.


Bairro Tupi: Vemos crianças brincando nas ruas, tranquilamente.

Bairro Tupi: Pracinha com quadra de futebol, para o lazer dos moradores.

Bairro Tupi: Ruas desertas, sem crianças brincando ou conversando.

Volta Para o Luto - tradução (Amy Winehouse)

Ele não deixou tempo para se lamentar

Manteve seu pênis úmido com a sua velha e segura aposta

Eu e minha cabeça 'chapada'

E minhas lágrimas secas, continuamos sem meu cara.

Você voltou para o que você sabia

Saindo totalmente de tudo pelo que nós passamos

E eu trilho um caminho conturbado

Minhas chances estão empilhadas, eu voltarei para o luto.

Nós apenas dissemos adeus com palavras

Eu morri uma centena de vezes

Você volta pra ela

E Eu volto para

Eu volto para nós

Eu te amo tanto

Isso não é suficiente, você ama cheirar e eu amo dar um trago

E a vida é como um cano

E eu sou um minúsculo centavo rolando paredes adentro

Nós apenas dissemos adeus com palavras

Eu morri uma centena de vezes

Você volta pra ela

E eu volto para

Nós apenas dissemos adeus com palavras

Eu morri uma centena de vezes

Você volta pra ela

E eu volto para

Luto, luto, luto, luto

Luto, luto, luto...

Eu volto para

Eu volto para

Nós apenas dissemos adeus com palavras

Eu morri uma centena de vezes

Você volta pra ela

E eu volto para

Nós apenas dissemos adeus com palavras

Eu morri uma centena de vezes

Você volta pra ela

E eu volto para o luto.